domingo, 19 de junho de 2011

Pregação 19/06/2011 - Esboço

Textos:
Hb 10: 23 Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel.
I Jo 2: 25: E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.
At 2: 38, 39: Pedro respondeu: "Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo. Pois a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, o nosso Deus chamar".

Tenho uma filha chamada Isabele. Esse nome deriva de Elisabete. Ambos têm origem hebraica e significam: Deus Promete.
Poderia melhorar a compreensão do significado de seu nome dizendo que Isabele é "promessa de Deus", mas ainda prefiro a afirmação: Deus Promete. E isso porque, na minha vida, eu prefiro ter a certeza de uma promessa de Deus do que ver o seu cumprimento.
Para mim, isso denota uma das características mais significativas de Deus para mim, a Sua Perfeita Fidelidade.
Ao contrário de nós, quando Deus fala Ele se coloca por completo nas frases que diz. Ele não arruma atalhos ou fica embaraçado com alguma dificuldade. Ele Promete. E apresentar Sua promeça é o mesmo que afirmar seu cumprimento.

Deus não se pega fazendo promeças tolas, como a nós é tão comum. "Papai, me dá um chocolate?!" "Claro, filho!" nós falamos, sabendo que a frase saiu automática e foi dita apenas para que a insistência da criança fosse acomodada. Lógico que ficar explicando tudo para uma criança também tem seus limites, mas a questão aqui, embora outros exemplos possam ser dados, é que não somos capazes de manter comodamente nossas promessas. Outro exemplo são aqueles votos que fazemos ao nos casarmos. Quem, em sã consciência seria capaz de repití-los, 10 anos depois, sem querer colocar algumas letrinhas miúdas abaixo da assinatura para indicar várias exceções ou condições.

Mas, antes que os exemplos estraguem mais a aplicação, vamos ao que interessa: com Deus é diferente! Deus Promete! Deus Cumpre!

Porém, em nossa mente, parece que só a promessa não é relevante. Pior, duvidamos da promessa enquanto ela não se cumpre. Isso, ao meu ver, não ocorre porque eu quero entender melhor a promessa, mas porque não sou capaz de confiar em Deus, de aderir, de me grudar, naquilo que Deus diz.

Vejam alguns exemplos:
Zacarias, quando o anjo lhe falhou que ele teria um filho, duvidou, e ficou mudo.
Maria, mãe de Jesus, quando o anjo lhe falou que ela teria um filho, duvidou, mas não ficou muda.
Qual a diferença? Algo que Deus apenas consegue enxergar: o quanto nosso coração é capaz de confiar em uma promessa. O quanto nosso coração é capaz de confiar Naquele que promete.
Entre as duas situações, provavelmente, eu ficaria mudo. Mas sabe o que é incrível nas duas: Deus Promete! Deus Cumpre!
Não dependia de Maria, não dependia de Zacarias. Dependia de Deus!!
Deus Promete!

Com Abrão ocorreu a mesma coisa.
Em Gênesis cap. 15 Deus aparece para Abrão e esclarece mais a promessa que Ele tinha feito em Gn 12. Agora Deus revela que haverá um filho do próprio Abrão, um descendente legítimo.
Talvez, em Gn 12, Abrão pensava que Ló pudesse ser aquele através do qual Deus o transformasse em "uma grande nação". Em Gn 15: 2, vemos que Abrão imagina que é em seu escravo Eliézer que Deus cumprirá sua promessa. Em Gn 15: 4, Abrão recebe a promessa de Deus de que ele geraria um filho.
Até aquele momento, suas promessas eram mais vinculadas à terra do que a um filho de sangue.
Isso já fez Abrão sair, mas, talvez, pudesse imaginar que seu nome seria grande e lembrado pelas conquistas da terra. Uma promessa que Abrão poderia "cumprir sozinho", como demonstrado quando Abrão resgatou Ló. Porém, a promessa de Deus era para além disso.
Quando chega a promessa de um filho, a promessa absurda, a promessa possível apenas para Deus, aí, então, compete a nós, ao nosso coração, uma decisão: aderir ou rejeitar a promessa.
Gn 15: 6 apresenta a decisão de Abrão: ele adere. Ele crê. Ele tem fé. E essa fé, essa adesão, é aquilo que conta em nossa justificação por Deus. Deus o justifica porque Abrão adere a uma promessa vinda de Deus. Absurda, se tomada na lógica humana. Mas se é Deus quem promete, Deus cumpre!

O absurdo é tão grande (um filho para um casal de idosos) que Sarai imagina que a descendência seria apenas de Abrão, e, por isso, oferece sua serva para gerar essa descendência, o que Abrão entende ser razoável. Mas Deus não promete pela metade. E se revela a Sarai, e reafirma a promessa de um filho do casal. Sarai, ri. E desse riso sai o nome do herdeiro Isaac.


E eu tenho minha filha para que eu nunca esqueça que Deus Promete!