quinta-feira, 12 de julho de 2012

Enfim, Livres! - Pregação 2006

A última da agenda de 2006.
Mais uma pregação que não sei quando ocorreu.
Na agenda, está entre os dias 18 e 23 de maio.
Segue da forma como foi escrito.

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Quem governa sua vida?

Jo 8: 31-

ENFIM, LIVRES !

Liberdade é um conceito extremamente difícil. Difícil de compreender, mais ainda de viver.
Liberdade, entretanto, no cristianismo, não significa ausência de um Senhor, mas a definição de quem é nosso Senhor.

Jo 8: 32, 36 - A Verdade - o Filho = o Filho é a Verdade!

E se Jesus Cristo for nosso Senhor, então seremos livres.
Mas há necessidade de obediência a esse Senhor, pois a trilha da Liberdade pressupõe Permanecer na Palavra - Ser Discípulo - Conhecer a Verdade/Jesus Cristo - e, enfim, ser livre (Jo 8: 31-32).

(Por isso a graça é um conceito tão difícil.)

Algo estranho, porém comum, é a dificuldade que é permanecer nessa verdade.
Nós sempre pensamos que ainda somos escravos (É difícil abandonar o modo de pensar de um escravo), que tudo tem de ser feito do mesmo jeito, que não há lugar para um pensamento diferente, esquecemos que Unidade não significa Igualdade de Pensamento, e que a Diversidade Coesa é um dos diferenciais do Cristianismo Autêntico.
Nessa nossa mentalidade tacanha de escravos idealizamos o "meu cristianismo" com as coisas que "eu" penso serem importantes, e nisso, negligenciamos por completo a liberdade e a graça de Cristo.

Por isso a graça é um conceito tão difícil.
É difícil compreender que a salvação depende exclusivamente da graça de Deus. Qualquer esforço humano nesse sentido é inútil (pela graça sois salvos e isso não vem de vós)
{Aqui a Jaque escreveu "Trabalhar Melhor?". Hehehe. Nesse tempo ela ainda lia o que eu escrevia antes de eu falar. Hoje não dá tempo nem de escrever ...)

Em nossos pensamentos escravizados pelo pecado não compreendemos que não existe um modo de proceder único em relação a um relacionamento pessoal com Deus. Teimamos em medir as atitudes dos outros com a minha vara, esquecendo até que também seremos por ela medidos.
Gl 5: 13-15
I Tim 5: 4
Tg 1:27
Você acha que Jesus Cristo se preocupa com isso?
Jesus Cristo veio para nos salvar, inclusive, da ignorância e da mediocridade.

Esquecemos que o que Deus falou, falou para mim, não que não possa ser compartilhado, mas jamais poderá ser padronizado.
É preciso preservar e fomentar o relacionamento pessoal com Deus. É daí que vem o crescimento.
Mas, nós deixamos o Evangelho e retornamos ao nosso legalismo gospel, às padronizações impensadas, a uma linha de montagem evangélica, e esquecemos da verdadeira religião: o ser completo no outro, o que já afirama que se é "outro", não sou "eu". Diversidade e Unidade.

Esse era o problema na igreja dos Gálatas.
Eles queriam retornar à Lei! Retornar aos "não pode" e aos "tem de ser assim" da Lei, excluindo a Liberdade, a Graça e a Suficiência de Cristo.

Na nossa pior escravidão, definimos que: temos de orar assim; temos de ler a Bíblia assim; temos de falar assim; temos de nos vestir assim; temos isso; não podemos aquilo.

Essa padronização não serve para o Deus multiforme que nos salvou e nos trouxe para o Reino do Filho do Seu Amor.
O "Penso, logo, existo" ganha contornos vivos em Jesus Cristo, pois, "penso, logo, existo Nele!"
E essa mudança de mente nos livra de uma vida cartesiana, metódica e sem graça. Sem graça como insípida e sem graça como sem o próprio Jesus Cristo.

Nós somos Livres!
E só quem é Livre pode amar.

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Assisti, ontem, o filme 1984. Essa questão da Liberdade é bem relevante no filme, em especial, quando vinculada ao Amor, como o diretor deixa claro na última cena do filme.
Amor real só existe onde há plena liberdade.

Abaixo, alguns tópicos que estavam entre o texto que escrevi acima.

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Se Jesus Cristo estivesse aqui, como Ele agiria?
Gl 1: 7 = não é o evangelho
Gl 2: 4 = liberdade X escravidão

Gl 2: 20 =  justiça vem por Cristo

Quanto orar? Quanto você consegue ficar sem respirar?
O que você faz na oração: fala, chora, ri, canta, clama.
E quando você escuta?
Oração é quando falo com Deus. A Bíblia é quando Deus fala comigo. => Isso não precisa ser tão categórico. Deus fala conosco quando oramos e falamos com Ele quando lemos a Bíblia.

Gl 3: 3, 21, 22             Gl 4: 9-10         Gl 5: 6 - Amor        Gl 5: 13-15, 22-26      Cl 2: 6 - Gratidão

Gl 6: 1 = Tratamento do pecado           Gl 6: 13-15            Gl 6: 16 = Paz e misericórdia.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Dízimo - 2006

Mais um estudinho feito em 2006. Mantenho a forma como foi escrita para tentar lembrar o que eu queria dizer :-) Nem sei se foi pregado ou apenas comentado em alguma reunião.

Dessa vez, apenas tópicos.

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Dízimo - Quanto eu devo dar?

Dt 26: 12

O Esírito Santo ensina os cristãos.

1) Abraão para Melquisedeque. Deu 10% para Deus e tudo para o rei.
2) Malaquias 3: 10

O que me interessa é seu coração voltado para mim, não o seu dinheiro.

3) Mc 12: 41 - Lc 21: 1-4 - Viúva
4) Ananias e Safira - At 4: 32-37 - At 5: 1-11

Caim/Abel - Deus rejeita/aceita pessoas.

Princípio
Lei - me faz conhecido o meu pecado.
Princípio para dizer:
Amor a Deus e Doação.
DEPENDÊNCIA.

Lei de Gérson
Ml 3: 11 - Dar o dízimo para não gastar tudo para que a igreja venha a me sustentar.

Pv 4: 23 - Coração - fonte da vida

Tudo em todos. Grau de comparação.
Fazer mais que os fariseus.
Responsabilidade.
II Cor 9: 6 seg.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Tu me amas? Pregação - 2006

Eis uma pregação que encontrei em uma agenda de 2006, da época em que eu anotava as pregações :-).
Na agenda estava escrita entre os dias 11 e 23 de janeiro de 2006, com a anotação de que eu tinha escrito em 23/24 de fevereiro de 2006.
Não sei quando foi a pregação, e, mantenho o texto como foi escrito na agenda.

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* Jesus vem até nós.
* Jesus começa onde estamos.
* Jesus quer revelar-nos a nós mesmos.
* Jesus não nos abandona jamais.
Pedro precisava saber de tudo isso!

Amou de tal maneira ...

Pedro, você gosta de mim?

Hoje quero partilhar com a igreja algo sobre o amor de Deus, ou melhor dizendo, o Amor que é Deus!
No Antigo Testamento Deus se revela a Moisés como o "Eu sou o que sou." (ESOQS) Porém, no Novo Testamento, o desejo de Deus por maior intimidade conosco se apresenta quando, na sua revelação, Ele diz de Si mesmo: Eu sou Luz, Espírito e Amor.
O Amor deixa, então, de ser um sentimento/sensação para ser uma Pessoa.
Mas o que é o Amor?
Em português a evolução da linguagem reduziu os significados das palavras, pois hoje nós podemos dizer que amamos a Deus ou, mesmo, que amamos chocolate.
Porém, no Novo Testamento, o Espírito Santo se expressa de maneiras diferentes sobre o Amor, havendo, pelo menos, três palavras a ele relacionadas: EROS, FILEO, AGAPE.
Antes de expressarem uma gradação qualitativa, estas palavras indicam quantidades diferentes do mesmo sentimento em relação ao objeto amado.

EROS se vincula à expressão de um amor ligado apenas aos sentimentos, um amor sensual. É um amor que possuo quando o objeto ou ser amado me satisfaz, me dá prazer, produz em mim sensações agradáveis, e isso não apenas em relação ao sexo, mas como se trata de sentidos, também pode ser com um chocolate. Aqui, eu deixo de amar porque o objeto amado parou de me dar prazer.

FILEO é um amor arraigado em sentimentos mais profundos de afeição. Há um liame maior entre mim e o ser amado. Aqui há uma relação maior do que simples prazer pessoal. Há sentimento mais profundo, sendo este amor expresso na relação entre irmãos, amigos, pais.

E, por fim, AGAPE envolve um grau de vinculação maior. Ele expressa que todo o meu ser se volta em direção ao objeto amado. Acima de tudo o que possa ocorrer, minha vontade em amar é maior. Aconteça o que acontecer, ainda que seja rejeitado ou humilhado, eu empenhei minha palavra em amar, e todo meu ser se envolveu nisso, e, nada nem ninguém, nem mesmo você, me impedirá de te amar.

Como dito: não há um amor melhor do que o outro, e, por exemplo, em um casamento, é essencial que existam os três.

Mas, qual a razão dessa diferenciação?

* Lembram quando Deus afirmou de Si mesmo que Ele era amor? Qual palavra Ele utilizou para fazer essa afirmação? AGAPE
* E você sabia que Deus amou o mundo com AGAPE?
* E você sabia que o Novo Mandamento de Jesus Cristo é para que amemos como Ele nos amou em AGAPE?
* E o que isso significa? Exatamente o que Paulo diz em Romanos: Nada pode nos separar do AGAPE de Deus! (Rm 8: 35, 39)

(Mas o AGAPE de Deus vem ao nosso encontro.)


Porém, o que importa relatar hoje não é o amor que Deus tem por nós, mas qual o nosso amor por Ele.
Será um amor EROS que se satisfaz apenas no que Deus nos dá?
Será um amor FILEO que se envolve com Deus, mas ainda quer se preservar?
O que Deus nos diz sobre nossa realidade em sua palavra?


* O texto que mais nos auxilia também está em João 3. Enquanto Deus AGAPE o mundo, nós Homens, AGAPE as trevas. Enquanto Deus se entregou totalmente a nós, nós nos entregamos totalmente às trevas.
* Mas Deus não precisa que O alertemos sobre quem somos. Ele nos conhece bem.
Miserável que sou.
Coração enganoso.


(Isso esclarece o texto, esclarece o amor de Deus por nós. * Só o amamos porque Ele nos amou primeiro. I Jo 4: 19)


Nós nem sequer conhecemos o amor com que amamos a Deus.


Vamos ao caso de Pedro:
* Quando Jesus disse que iria morrer e ser abandonado por todos Pedro falou: "Eu não o abandonarei. Eu morrerei contigo Jesus."
Jesus, porém, o advertiu sobre sua tríplice negação, ao que Pedro, novamente, contradisse Jesus.
Conhecemos a história e sabemos que Jesus estava correto.
O AGAPE expresso por Pedro em palavras não se concretizou.


* Porém, Jesus o amava. E o AGAPE de Jesus por Pedro e por nós foi até o fim. E em um momento de intimidade e revelação tão intenso, Jesus, após a ressurreição, se dirige a Pedro e pergunta:
"Pedro, tu me amas?" A palavra, aqui, é AGAPE.
E Pedro responde: "Te amo." Mas usa FILEO.
E Jesus pergunta a segunda vez: "Pedro, você AGAPE a mim?"
E Pedro diz: "Eu te FILEO."
E, por fim, Jesus pergunta: "Pedro, você FILEO a mim?"
E, então, a Bíblia diz que Pedro ficou muito triste porque Jesus havia perguntado pela terceira vez se ele O amava.


(Amou-os até o fim. Jo 13: 1 - AGAPE)


Mas a tradução aqui não nos ajuda.
Pedro não ficou triste porque Jesus perguntou três vezes a mesma coisa. Não é a quantidade de perguntas que entristeceu Pedro. Mas o fato de Jesus ter usado FILEO.
Aquilo foi como quando o galo cantando, mas, agora, para salvação.
Pedro cai em si e descobre que seu amor por Aquele que dera a vida por ele não era mais do que um amor singelo, que não lhe envolvia a vida por Aquele que o amava de tal maneira.
Mas Jesus não se importava com isso. Ele não queria ridicularizar Pedro, mas salvá-lo.
E, para isso, Ele queria mostrar a Pedro quem Pedro era.
Jesus pergunta AGAPE para revelar a Pedro o seu próprio coração.
Por fim, na terceira vez, usou FILEO para que Pedro entendesse onde Pedro se encontrava.
E Pedro ficou triste quando percebeu quem era. Que amava a Jesus Cristo somente FILEO.
E, então, disse: "Tu sabes tudo. E sabes que eu só te amo FILEO. Que eu não te amo como você me amou."
E posso ver os olhos de Pedro brilhando quando Jesus, mesmo após essa confissão de derrota que contrariava o Pedro que havia dito que não O abandonaria, quando Jesus diz a Pedro: "Apascenta minhas ovelhas."
É como se Pedro ouvisse: "Eu sei, Pedro, que seu amor não é perfeito, eu conheço suas falhas, mas eu ainda AGAPE você, e precisava que você se reconhecesse fraco para que eu pudesse curá-lo. Agora, vamos começar com o que você tem, e, depois, eu vou aperfeiçoando-te."

E Pedro foi curado!

(Amor nos constrange. II Cor 5: 14 - AGAPE)
(Novo Mandamento - Jo 13: 34, II Jo 1: 5 - AGAPE)
(Jovem Rico - Mt 19: 19 - AGAPE)

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Nessa agenda ainda há relatos de uma pregação em 22/01/2006 sobre o texto de Efésio 6: PERMANECER.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Pregação - Domingo 22/04/2012

Data: 22/04/2012
IBM

Textos:
Tornou, pois, a haver divisão entre os judeus por causa destas palavras - João 10:19
Os judeus pegaram então outra vez em pedras para o apedrejar. - João 10:31
E muitos ali creram nele. - João 10:42

E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela. - João 11:4
E folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis; mas vamos ter com ele. - João 11:15
Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste. - João 11:42

Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele. Mas alguns deles foram ter com os fariseus, e disseram-lhes o que Jesus tinha feito. - João 11:45-46


Por que o mesmo ato que é capaz de fazer crer é, também, incapaz de fazer crer, e até mesmo, capaz de fazer descrer?

Tentando ensaiar com as crianças um teatro sobre a ressurreição de Lázaro, comecei a me perguntar até que ponto sou capaz de ouvir Deus? Até que ponto eu realmente escuto Deus ou me conservo apenas repetindo o que alguém disse sobre Deus?

Uma vez chamado a ser "sacerdócio real", dentro daquilo que se denomina de "Sacerdócio Universal do Cristão", não há como me desculpar. Efetivamente, sou responsável pela minha própria comunhão com Deus, eis que Deus fala e a mim, que desejo compreendê-Lo, compete discernir a voz Dele no meio dos barulhos desse tempo.

Não posso depender dos religiosos, pois mesmo nas suas melhores intenções eles são capazes de me desviar do caminho.

Deus é capaz de falar comigo diretamente, ainda que esse "direto" seja através de um amigo, estranho, criança, ateu ou incapaz. O que importa é que eu esteja caminhando com Deus para aprender a discernir Sua voz em qualquer momento (João 11: 51-52).

E nesse contexto é importante compreender a instituição da Igreja como Corpo de Cristo, onde todos são capazes de ouvir Deus e expressá-Lo de forma ampla e livre uns para os outros. Sem se preocupar se o que tem de ser aprendido é difícil, pois quem nos ensina a todos é o próprio Espírito Santo.

E tudo isso aprendido da boca dos pequeninos.

Que Deus continue falando por eles e me mantenha de ouvidos abertos.

sábado, 9 de julho de 2011

Pregação - Domingo 10/07/2011

Há algum tempo atrás, falando em outra pregação mencionei de supetão algo que, depois, me fez pensar por um bom tempo. Apesar de tal pensamento não me parecer equivocado, o que me deixou pensativo era o fato de nunca ter ouvido algo semelhante ao que havia dito. Porém, como nada há de novo sobre a face da terra, deparei-me com um livro infantil do Rubem Alves que já havia repercutido ideia semelhante.
A indicação do livro eu tirei de uma transcrição de uma pregação do Rubem Alves que copiei para meu blog, mas, depois, descobri que já tinha esse livro em minha biblioteca digital.
O título, "A menina e o pássaro encantado".

E isso me reportou diretamente à Ceia que celebramos neste dia.

O evangelista João relata uma conversa de Jesus com seus discípulos pouco antes de sua paixão (ou, se pensarmos bem, Jesus já estava sentindo a paixão...). Este relato encontra-se em João 14.
Até o verso 15 Jesus diz que iria embora (o que, os discípulos, definitivamente, não entenderam), mas no verso 16 ele nos apresenta o Consolador.

Essa palavra é utilizada apenas por João:

parakletos: e significa = intercessor, consolador, advogado, confortador.
Eis os textos onde a encontramos:
paraklhton: Jo 14:16, 1 Jo 2:1
paraklhtoV: Jo 14:26, 15:26, 16:7

Vou embora.
Deixo Consolador

Consolador: verbo
transitivo direto, bitransitivo e pronominal

1 aliviar, ou tentar aliviar, a dor, o sofrimento, a aflição (de outrem ou a própria), com palavras, recompensas, promessas etc.
Exs.: ela tem muito jeito para c. as pessoas
c. um amigo pela (ou da) perda de um ente querido
consolou-se da frustração comendo chocolate
transitivo direto, intransitivo e pronominal
2 Derivação: sentido figurado.
proporcionar ou sentir satisfação; satisfazer(-se)
Exs.: c. o estômago
um bom livro consola
c.-se com o sucesso do outro
pronominal
3 resignar-se, conformar-se
Ex.: c.-se das perdas nos negócios

Ceia
Memória de Mim
Voltarei
 
Consola do quê?
Saudade!
De quê?
Melhor seria, de quem?!
Do Pai!!!

domingo, 19 de junho de 2011

Pregação 19/06/2011 - Esboço

Textos:
Hb 10: 23 Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel.
I Jo 2: 25: E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.
At 2: 38, 39: Pedro respondeu: "Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo. Pois a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, o nosso Deus chamar".

Tenho uma filha chamada Isabele. Esse nome deriva de Elisabete. Ambos têm origem hebraica e significam: Deus Promete.
Poderia melhorar a compreensão do significado de seu nome dizendo que Isabele é "promessa de Deus", mas ainda prefiro a afirmação: Deus Promete. E isso porque, na minha vida, eu prefiro ter a certeza de uma promessa de Deus do que ver o seu cumprimento.
Para mim, isso denota uma das características mais significativas de Deus para mim, a Sua Perfeita Fidelidade.
Ao contrário de nós, quando Deus fala Ele se coloca por completo nas frases que diz. Ele não arruma atalhos ou fica embaraçado com alguma dificuldade. Ele Promete. E apresentar Sua promeça é o mesmo que afirmar seu cumprimento.

Deus não se pega fazendo promeças tolas, como a nós é tão comum. "Papai, me dá um chocolate?!" "Claro, filho!" nós falamos, sabendo que a frase saiu automática e foi dita apenas para que a insistência da criança fosse acomodada. Lógico que ficar explicando tudo para uma criança também tem seus limites, mas a questão aqui, embora outros exemplos possam ser dados, é que não somos capazes de manter comodamente nossas promessas. Outro exemplo são aqueles votos que fazemos ao nos casarmos. Quem, em sã consciência seria capaz de repití-los, 10 anos depois, sem querer colocar algumas letrinhas miúdas abaixo da assinatura para indicar várias exceções ou condições.

Mas, antes que os exemplos estraguem mais a aplicação, vamos ao que interessa: com Deus é diferente! Deus Promete! Deus Cumpre!

Porém, em nossa mente, parece que só a promessa não é relevante. Pior, duvidamos da promessa enquanto ela não se cumpre. Isso, ao meu ver, não ocorre porque eu quero entender melhor a promessa, mas porque não sou capaz de confiar em Deus, de aderir, de me grudar, naquilo que Deus diz.

Vejam alguns exemplos:
Zacarias, quando o anjo lhe falhou que ele teria um filho, duvidou, e ficou mudo.
Maria, mãe de Jesus, quando o anjo lhe falou que ela teria um filho, duvidou, mas não ficou muda.
Qual a diferença? Algo que Deus apenas consegue enxergar: o quanto nosso coração é capaz de confiar em uma promessa. O quanto nosso coração é capaz de confiar Naquele que promete.
Entre as duas situações, provavelmente, eu ficaria mudo. Mas sabe o que é incrível nas duas: Deus Promete! Deus Cumpre!
Não dependia de Maria, não dependia de Zacarias. Dependia de Deus!!
Deus Promete!

Com Abrão ocorreu a mesma coisa.
Em Gênesis cap. 15 Deus aparece para Abrão e esclarece mais a promessa que Ele tinha feito em Gn 12. Agora Deus revela que haverá um filho do próprio Abrão, um descendente legítimo.
Talvez, em Gn 12, Abrão pensava que Ló pudesse ser aquele através do qual Deus o transformasse em "uma grande nação". Em Gn 15: 2, vemos que Abrão imagina que é em seu escravo Eliézer que Deus cumprirá sua promessa. Em Gn 15: 4, Abrão recebe a promessa de Deus de que ele geraria um filho.
Até aquele momento, suas promessas eram mais vinculadas à terra do que a um filho de sangue.
Isso já fez Abrão sair, mas, talvez, pudesse imaginar que seu nome seria grande e lembrado pelas conquistas da terra. Uma promessa que Abrão poderia "cumprir sozinho", como demonstrado quando Abrão resgatou Ló. Porém, a promessa de Deus era para além disso.
Quando chega a promessa de um filho, a promessa absurda, a promessa possível apenas para Deus, aí, então, compete a nós, ao nosso coração, uma decisão: aderir ou rejeitar a promessa.
Gn 15: 6 apresenta a decisão de Abrão: ele adere. Ele crê. Ele tem fé. E essa fé, essa adesão, é aquilo que conta em nossa justificação por Deus. Deus o justifica porque Abrão adere a uma promessa vinda de Deus. Absurda, se tomada na lógica humana. Mas se é Deus quem promete, Deus cumpre!

O absurdo é tão grande (um filho para um casal de idosos) que Sarai imagina que a descendência seria apenas de Abrão, e, por isso, oferece sua serva para gerar essa descendência, o que Abrão entende ser razoável. Mas Deus não promete pela metade. E se revela a Sarai, e reafirma a promessa de um filho do casal. Sarai, ri. E desse riso sai o nome do herdeiro Isaac.


E eu tenho minha filha para que eu nunca esqueça que Deus Promete!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Pregação 15/05/2011 - Esboço

Parece que precisamos de um auxílio visual para tornarmos a nossa percepção da realidade mais concreta. Talvez, por isso, é que, normalmente, tendemos a coisificar o que compreendemos da vida. Talvez, por isso, é que criamos ícones. Isso parece ajucar a nos manter na realidade.

Um parênteses: Deus proíbe a sua representação por ícone de qualquer forma que seja. E eu acho que isso ocorre porque o ícone nunca é exatamente aquilo que se pretende representar. O ícone sempre carrega um pouco de nós, dos nossos medos, incertezas, inseguranças. E Deus não quer, nem pode, ser compreendido preso a nós, porque se assim for, Ele fica reduzido a mim mesmo, às minhas próprias incompetências, e deixa de ser Deus capaz de me auxiliar.
Não que não possamos conhecer a Deus, mas, antes, é necessário conhecê-Lo por aquilo que Ele diz, e não por aquilo que eu acho que Ele diz.
Festas, ritos, etc. podem nos auxiliar a conhecer Deus, mas Ele é mais do que os símbolos que utilizamos.
Deus é LUZ, ESPÍRITO, AMOR.

E aqui pulamos para um outro degrau.

Ele sabe que fazemos isso e Ele sabe que precisamos reconhecer isso para que possamos mudar.
Talvez, por isso, Moisés derreteu o bezerro e fez o povo beber a água com o pó do bezerro (Ex. 32:20): para mostrar ao povo que o bezerro estava dentro de cada um. E aquilo, embora fosse o que eles pensavam sobre Deus, aquilo NÃO ERA DEUS!

Acho que também nós, somos assim instruídos por Deus.

Ele nos coloca diante de nós mesmos e descobrimos que o que somos e vínhamos pensando sobre a vida, sobre nós, sobre os outros, sobre Deus, não passava de ícones, de imagens que minha incompetência criava, de uma representação minha sobre Deus, ou, finalmente, de um desejo íntimo de ser como Deus, de impor a Deus, ou mesmo, de colocar em Deus, o meu caráter, aquilo que sou.

Mas Deus nos ama e põe um espelho em nossa frente. Ele nos leva diante de um precipício e nos mostra todos os reinos e mundos que nõs mesmos criamos e pergunta: Com quem (ou o quê) você quer ficar? Comigo, ou com aquilo que você tem criado e acreditado ser Eu, mas que, na realidade, é você mesmo?

Deus nos coloca diante das nossas certezas, medos, seguranças, caráter, e nos pergunta: Você está disposto a deixar tudo e me conhecer um pouco mais?

Como eu sou arrogante! Orgulhoso! Achando que é aquilo que penso que é a melhor coisa do mundo. Que os outros estão todos errados. Que só eu estou certo.

Em Romanos 14 Paulo nos orienta a cuidar dos irmãos, em especial dos mais fracos na fé. E, dentre as várias perguntas que faz, se sobressai uma: Quem é você?
Ou melhor, "quem você pensa que é?". Essa pergunta é que revela nossa arrogância juntamente com uma outra que não consta no texto bíblico mas com ele faz eco: "Você sabe com quem está falando?"

É hora de eu aprender a viver e morrer para Deus, como Paulo ensina no verso 7.

Que Deus me abençoe a deixar minhas arrogantes certezas e cuidar dos irmãos, sem perguntar "quem é você?", nem "você sabe com quem está falando". Apenas aprender a amar e confiar em Deus.