segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Domingo - 14/12/08

A Viagem Missionária para Jundiaí do Sul/PR ocorreu nesse fim de semana.

37 pessoas participaram e a chegada ocorreu quase no final do culto. Por isso, o louvor desse domingo ficou sob o encargo da Adriana/Rony/Jurandir/Eu/Igreja, não necessariamente nessa ordem. :-)

A pregação ficou ao meu encargo. Dia 13/12/08 estava em Maringá para o aniversário das crianças. Foi muito legal, mas voltei de ônibus para não deixar o culto de domingo na mão de ninguém. Valeu a pena, graças a Deus!

Tentei gravar a pregação, mas acabou a pilha do pen-drive e a gravação não vingou! Pena! Tenho de comprar um gravador urgente! (e que funcione sem pilhas :-)

Ainda no tema de mordomia, fiz uma retrospectiva das últimas pregações:

1) Fé + Obediência = Mordomia -> Todos os que nasceram de novo tem a fé suficiente para obedecer a Deus e cumprir Sua Palavra. Não é a falta de fé o nosso problema, mas a falta de obediência. Obedecendo, seremos servos fiéis e poderemos nos considerar bons mordomos. A Obediência é a conseqüência da confiança no sustento dado pelo Senhor da Casa.

2) Deus nos preparou boas obras para que andássemos nelas -> não são as obras que salvam. Somente Jesus Cristo é capaz de nos salvar. Mas, uma vez salvos, Deus quer nos conduzir para um objetivo comum: sermos semelhantes a Jesus Cristo. Deus fará isso com todos nós. Nesse percurso há, inevitavelmente, a realização de boas obras, semelhante às que Jesus fazia, consubstanciadas no novo mandamento: amar uns aos outros como Jesus nos amou.

3) Mordomia implica em "cultivar e guardar" tudo o que Deus nos colocou nas mãos -> o domínio dado aos Homens sobre todas as coisas não é um domínio ditatorial, mas um domínio de Mordomia, de funcionalidade, pois prestaremos contas desse domínio outorgado a nós. É um domínio de vigilância e cuidado sobre tudo o que foi posto sob nossa responsabilidade. É um Administrar Responsavelmente o que não nos pertence, mas pertence ao Senhor de tudo. Seja o cuidado com os animais, as plantas, o ecossistema todo, seja o cuidado com a nossa vida e, inclusive, com a vida do outro, a quem eu devo amar. Devo cuidar de tudo para devolver tudo ao Senhor de tudo.

4) Expecificamente em relação ao 'dízimo' -> o texto de I Tm 6: 3-11 alerta para não desprezarmos as palavras de Jesus Cristo e a doutrina que é segundo a piedade. Aqui, a importância toda é voltada à piedade. E piedade significa compaixão, mesclar-se à dor do outro. É a retomada da idéia de Malaquias 3 que indica que o roubo a Deus causa a 'falta de alimento na casa de Deus' o que indica uma administração irresponsável do que Deus nos deu a gerir como mordomos Seus. Se tudo é Dele, inclusive minha vida e tudo o que tenho, então, todo o meu dinheiro é Dele também. Assim, o que Deus requer de mim não é apenas 10%, mas a totalidade de tudo o que sou e tenho. É 100%! Conhecedor da nossa incapacidade de total entrega a Ele, Deus começa com aquilo que somos capazes de dar e nos conduz a um caminhar em que podemos aprender a depender Dele cada vez mais, e, assim, entregarmo-nos a Ele cada vez mais, até que seja Tudo para Ele! O 'dízimo', antes de ser uma paga ou contraprestação pelo que Deus nos deu, é uma forma de compreendermos nossa incompetência de depender Dele para tudo, de confiar que Ele me sustenta, de desfrutar do cuidado completo que Ele tem por mim, apesar de mim. Exemplos disso: a) Cristo começou com o amor fileo que Pedro podia oferecer, mesmo quando requeria de Pedro um amor ágape. b) Na parábola dos talentos, os servos não ficam com nada, e devolvem Tudo para o Senhor, pois têm consciência de que tudo é do Senhor e a eles bastam estar vivendo sob o senhorio do seu Senhor. c) "Até que Cristo seja Tudo em Todos."; d) "posso todas as coisas naquele que me fortalece"; todas as expressões de dependência indicam que essa dependência não se limita a uma porcentagem, mas à integralidade de nossa vida. Assim, o 'dízimo' é algo que tenho de definir diante de Deus e confiar em sua graça e misericórdia para que, ainda que não seja capaz de dar nem 1% do que tenho, eu possa obedecer e agir como mordomo (escravo) que sou para aprender a depender do meu Senhor (Fé + Obediência = Mordomia). Deus vai trabalhar em nossas vidas para que essa entrega e essa dependência sejam totais.

Após essa breve retrospectiva, foi lido o texto de Lucas 15 - O filho perdido.

Enfocado na idéia de mordomia, o texto nos ensina como o Pai trabalha com dois filhos que não aprenderam a ser mordomos.

O mais novo, despreza todos os bens do pai e gasta tudo que lhe foi confiado de maneira irresponsável. Assim somos nós quando não administramos responsavelmente aquilo no qual Deus nos institui como mordomos. Seja a nossa vida, seja a natureza, seja o meu próximo. Gastamos tudo sem compreender que o que nos foi dado não é apenas para nós, mas para sevir a todos que estão a minha volta, para gerir os bens que são do Senhor (não meus), e fazer a casa do Senhor continuar sendo suprida.

O mais velho, preserva os bens do pai, não gasta nada, mas também, não participa da realidade do relacionamento com o pai nem age responsavelmente com o mundo que lhe cerca. Assim somos nós quando guardamos tudo para apenas gastarmos conosco mesmo e com 'aquilo que gostamos'. O objetivo do filho mais velho era ganhar um cabrito para comer com os amigos, mesmo tendo a felicidade de desfrutar todos os dias da mesa do pai. A idéia parecia ser poupar para poder gastar mais comigo mesmo. O administrador responsável não se permite poupar quando há necessidade para ser suprida, quando há vidas para serem sustentadas, quando há festa para celebrar reencontros. Pois não há necessidade de poupança quando o Senhor está presente, quando há dependência Daquele que cuida das nossas necessidades.

Os dois filhos estavam perdidos e o texto mostra que o pai vai ao encontro de ambos. Dessa forma, ainda que sejamos perdulários como mordomos, desfazendo tudo o que o pai nos deu para guardar; ou, ainda que sejamos mesquinhos, conservando para nosso proveito as coisas que o pai nos deu para repartir, Deus, ainda assim, vai ao nosso encontro em nossa perdição e nos resgata para abrir nossos olhos e nos conduzir a entrar novamente em casa para recomeçarmos.

Essa é a palavra final nesses estudos sobre mordomia: tudo é um aprendizado, e Deus vai nos ensinar durante todo o percurso de nossa vida. Se não aprendemos a cuidar zelosamente do que Ele colocou sob nossa responsabilidade, e, se não aprendemos a depender Dele em tudo, Deus, como Pai, vai ao nosso encontro em nossa perdição e nos conduz de volta à casa para continuarmos a aprender Dele e com Ele.

Então, ainda há esperança e Hoje é o tempo de Deus para todo o recomeço.

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